A produção de soja do Brasil em 2018 deve atingir um recorde de 117,4 milhões de toneladas, permitindo ao país embarcar neste ano o maior volume da […]
A produção de soja do Brasil em 2018 deve atingir um recorde de 117,4 milhões de toneladas, permitindo ao país embarcar neste ano o maior volume da commodity em toda a história, projetou o grupo da indústria Abiove, em meio à quebra de safra da Argentina e à disputa entre China e EUA que favorecem a exportação do produto nacional.
A nova previsão para a produção de soja em 2018 supera tanto as 114,7 milhões consideradas em março quanto as quase 114 milhões do ano passado, informou a Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove) nesta terça-feira.
Com o aumento da safra, os embarques do maior exportador global de soja foram estimados agora pela Abiove em 70,4 milhões de toneladas, superando a previsão anterior (68 milhões) e o recorde do ano passado, de 68,15 milhões.
Os problemas no país vizinho, terceiro maior produtor mundial e que está vendo sua produção ficar 15 milhões de toneladas abaixo do potencial, devem fazer com que compradores internacionais se voltem mais à soja brasileira.
Dentre eles está a China, cujo apetite pelo produto nacional pode ser ainda maior em razão da aplicação de taxas sobre a commodity dos Estados Unidos, anunciadas recentemente como retaliação a tarifas impostas pela administração do presidente norte-americano, Donald Trump, sobre bens chineses.
Esse cenário de exportações mais fortes pelo Brasil deve levar o setor a faturar 36 bilhões de dólares neste ano com vendas ao exterior de soja em grão, farelo e óleo. O montante supera com folga os 31,7 bilhões de 2017, bem como os 32,4 bilhões previstos em março, diante de preços mais altos do produto brasileiro.
A Abiove agora estima que o preço médio da soja exportada pelo Brasil em 2018 será de 410 dólares por tonelada, ante 380 na previsão de março e 377 dólares em 2017.
A soja é o principal produto da pauta de exportação do Brasil. Com tal cenário, afirmou Trigueirinho, o produto vai aumentar sua contribuição para a balança comercial do país. Apenas a exportação do grão é estimada em 28,8 bilhões de dólares, ante 25,7 bilhões no ano passado.
Nesta terça-feira, o presidente da China, Xi Jinping, prometeu abrir mais a economia do país e reduzir tarifas de importação sobre produtos como carros, em um discurso visto como uma tentativa de acalmar a disputa comercial com os Estados Unidos.
De acordo com o Art. 404 do Regulamento Aduaneiro, o entreposto aduaneiro é definido como um regime especial que pode ser usado tanto na importação como na exportação. Ele serve para que as empresas possam armazenar suas mercadorias realizando a liberação junto à RFB com um prazo maior do que o habitual ou até efetuar a retirada das mercadorias de forma parcial.
Dessa maneira, o entreposto possibilita a suspensão dos impostos até que todas as etapas sejam finalizadas, no caso da importação e da exportação. Dependendo de cada caso, algumas das vantagens destes regimes estão na possibilidade de as empresas aprimorarem seus planejamentos logísticos e reduzirem os custos das operações.
Basicamente, a purchase order na importação é o documento que inicia a formalização do processo de compra de um produto importado. É a autorização da compra ou a confirmação da encomenda pelo comprador.
O pedido de compra contém todas as informações pertinentes ao produto ou serviço que será entregue, e estabelece a relação comercial a partir da aceitação do fornecedor.
A maior participação no Comércio Intrazona do Mercosul é a do Brasil, com cerca de 40%, vindo em seguida a Argentina com 30%, o Paraguai com 11% e o Uruguai com 8%. No momento atual, as exportações cresceram cerca de 16%, mantendo a expansão do comércio internacional fomentado pelo aumento da venda do trigo, do centeio, do arroz e do milho, fazendo com que as commodities continuem sendo o carro-chefe nas exportações nacionais. E a maior parte dos produtos transportados entre os países do bloco fazem uso do transporte internacional rodoviário.