Taxa de câmbio e a economia: qual a relação entre elas?

Antes de mais nada, é importante esclarecer que toda e qualquer transação comercial internacional está condicionada à troca de moedas. A essa troca damos o nome de “câmbio”. Já a taxa de câmbio, segundo definição do BACEN (Banco Central), se resume à negociação entre o beneficiário e a instituição financeira autorizada a operar no mercado cambial, que podem ser bancos ou corretoras de câmbio. Como qualquer empreendimento, tais instituições visam a lucratividade, portanto, as taxas de câmbio variam de banco para banco porque contemplam despesas como custos administrativos para emitir um contrato de câmbio ou cobrança do spread, por exemplo. A taxa de câmbio é uma importante variável macroeconômica para países como o Brasil, que operam em situação de economia aberta. Para compreender um pouco melhor sobre esta afirmação, veja a explicação a seguir.

Taxa de câmbio e a economia: qual a relação entre elas?

Taxa de câmbio e a economia: qual a relação?

Já parou para pensar que se não houvesse algo chamado taxa de câmbio seria impossível precificar produtos fabricados nos mais diversos cantos do mundo?

Por isso, nós da e.Mix nos inspiramos na opinião de economistas e estudiosos do mercado financeiro e elaboramos um texto repleto de conceitos práticos sobre o poder de influência da taxa de câmbio para a economia.

Acompanhe as próximas linhas e entenda melhor sobre esse tema.

O que é taxa de câmbio?

Antes de mais nada, é importante esclarecer que toda e qualquer transação comercial internacional está condicionada à troca de moedas. A essa troca damos o nome de “câmbio”.

Já a taxa de câmbio, segundo definição do BACEN (Banco Central), se resume à negociação entre o beneficiário e a instituição financeira autorizada a operar no mercado cambial, que podem ser bancos ou corretoras de câmbio.

Como qualquer empreendimento, tais instituições visam a lucratividade, portanto, as taxas de câmbio variam de banco para banco porque contemplam despesas como custos administrativos para emitir um contrato de câmbio ou cobrança do spread, por exemplo.

A taxa de câmbio é uma importante variável macroeconômica para países como o Brasil, que operam em situação de economia aberta. Para compreender um pouco melhor sobre esta afirmação, veja a explicação a seguir.

Saiba como o regime cambial do Brasil funciona

Características como tipo de regime cambial e a presença ou ausência de barreiras comerciais taxativas entre diferentes países revelam se a economia é aberta ou fechada.

Nesse sentido, esclarecemos que o regime cambial é a dinâmica que determina se a cotação da moeda será fixa ou flutuante.

Na prática, os governos de cada nação podem escolher se desejam ou não interferir na avaliação da sua própria moeda.

Atualmente existem três regimes de câmbio:

  • Câmbio de livre cotação ou flutuante;
  • Câmbio fixo; e
  • Câmbio de bandas.

A economia brasileira opera no regime de câmbio flutuante e isso quer dizer que o governo tolera as oscilações da moeda de acordo com a lei de oferta e demanda, porém pode usar estratégias para conter a inflação desenfreada.

Por exemplo: alteração da taxa de juros básica na tentativa de controlar uma possível inflação desenfreada.

Quais são os tipos de taxa de câmbio?

Como você já deve saber, no Brasil existem três tipos de câmbio: Câmbio Comercial, Câmbio Turismo e o Câmbio Paralelo.

Além dessas variações, existem segmentações para cada um desses tipos mencionados, que são: o câmbio nominal, câmbio real e o câmbio real efetivo. Considere os conceitos abaixo.

Taxa de câmbio nominal

A taxa de câmbio nominal se baseia no valor de uma moeda em relação à outra. Portanto, se refere à mudança no valor das moedas do mundo todo.

Taxa de câmbio real

Esta taxa se baseia no valor de moedas fortes como, por exemplo, o dólar americano e o euro. Por isso, de modo geral, as leis de oferta e demanda são analisadas juntamente com os valores do dólar ou do euro. Para a sua melhor compreensão pense na fórmula abaixo:

CR = (CN x IE) ÷ II

Onde:

  • CR = câmbio real;
  • CN = câmbio nominal (moeda de cálculo de base);
  • IR = taxa de inflação externa;
  • II = taxa de inflação interna.

Taxa de câmbio real efetiva

A taxa de câmbio real efetiva revela o poder de compra da moeda nacional que está em jogo em transações externas. Ou seja, é ela que indica se outros países poderão interferir no fluxo das relações comerciais.

O que a taxa de câmbio tem a ver com a economia?

A taxa de câmbio pode sofrer oscilações em razão da situação política e econômica local, mas de um modo geral é correto afirmar que ela é o reflexo de muitos outros acontecimentos de origem financeira e comercial.

3 indicadores da economia que influenciam a taxa de câmbio

A seguir você terá a oportunidade de compreender, afinal, um pouco mais sobre alguns indicadores que têm influência direta na taxa de câmbio.

Taxa SELIC

O Banco Central define a Selic como a taxa básica de juros da economia brasileira, pois ela é o principal instrumento da política monetária para controlar a inflação. Logo, essa taxa acaba influenciando todas as outras, como por exemplo, as taxas de juros relacionadas a financiamento habitacional e aplicações financeiras variadas.

Taxa de inflação

Com o objetivo de medir a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população, portanto, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realiza levantamentos periódicos sobre a taxa de inflação – composta pelos índices de preços mais conhecidos como IPCA e INPC.

O primeiro deles aponta a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários-mínimos, já o segundo se refere à variação do custo de vida médio apenas de famílias com renda mensal de 1 a 5 salários-mínimos.

De acordo com o IBGE, a taxa de inflação de 2022 é a menor apresentada desde 2020 (5,45%).

Crescimento econômico

Indicadores como o PIB (Produto Interno Bruto), o saldo da balança comercial, o salário-mínimo e a taxa de desemprego podem revelar se a economia está em crescente ou declínio, pois se analisados em conjunto possibilitam a visualização da realidade econômica de maneira quantitativa.

Assim, considerando que a economia é composta por diferentes segmentos, as análises são distinguidas por quatro diferentes blocos. São eles:

  • Bens e serviços: quantidade total da produção nacional;
  • Trabalho: níveis de emprego, média de salários e oferta de mão de obra;
  • Monetário: avaliação da moeda, taxa de juros e estoque de crédito;
  • Títulos: dados extraídos de métodos capazes de comparar a relação entre gastos e renda;
  • Divisas: dados relacionados à compra e venda entre diferentes nações, ou seja, balança comercial.

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