Certamente o transporte internacional de alimentos é desafiador. Afinal, a maior parte dessas mercadorias deve ser transportada rapidamente para que não pereçam. Nesse sentido, procura-se o meio de transporte mais rápido, o que certamente nem sempre será o mais barato. Entretanto, nem todos os alimentos demandam um transporte agilizado como, para ilustrar, o transporte de cereais e grãos. Em contrapartida, esse tipo de alimento é transportado em grandes quantidades, sendo assim, é necessário um bom alinhamento logístico para conseguir embarcar tudo.
A logística é assunto delicado, e quando se trata da logística internacional sabemos que existem alguns detalhes adicionais para se preocupar. Mas e quando falamos especificamente do transporte internacional de alimentos?
Estamos falando da rápida oscilação de preços, disponibilidade de navios e voos, estruturas para carga e descarga das mercadorias. Enfim, não é tarefa fácil para o profissional de comércio exterior.
Certamente, o assunto pode ficar ainda mais complexo. São vários aspectos a serem considerados como: o tempo de viagem das mercadorias, a temperatura para o transporte delas, o manuseio correto da carga, a documentação pertinente, entre outros.
Por isso que trouxemos nesse artigo diversas dicas para ajudar você nessa logística. Comecemos pelos dados desse tipo de produto.
Em primeiro lugar, o alimento que o Brasil mais exporta é também a principal commodity exportada em uma comparação geral do país – a soja.
Uma semente que é utilizada na produção de diversos produtos como: óleo, farinha, leite, molho (por exemplo, o shoyo) e proteína texturizada. Antes de mais nada, vale destacar que o Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Além de a soja ser o produto mais exportado no Brasil, temos como destaque a exportação geral de frutos do agronegócio.
Depois da soja, em 2022 o destaque vai para exportação brasileira de carne bovina, seguida pelo milho e o açúcar, carne de aves e café. Abaixo alguns dados do Comex Stat sobre essas exportações:
A participação da soja nas exportações do agronegócio brasileiro de 2021 foi de 70%, faturando US$ 38,6 bilhões no ano.
Em 2022, embora percebamos um decréscimo nessa participação para 65%, o faturamento continua em crescimento, batendo os US$ 45,4 bilhões até novembro desse ano. Enfim, isso demonstra que a exportação dessa semente vem crescendo consideravelmente desde 2020 após um ano de baixa em 2019.
Quanto à carne bovina, vemos um crescimento considerável em sua participação total nas exportações, já que esta em 2021 representava apenas 2,8%. Com o milho não foi diferente, pois representava uma parcela muito menor em 2021, somente 1,5%.
O Brasil é um dos maiores fornecedores mundiais de alimentos, contudo, ainda depende da importação de alguns suprimentos por meio do transporte internacional.
O principal alimento importado pelo Brasil é o trigo, cereal utilizado na produção de refeições comuns na mesa dos brasileiros como: pães, pizzas, bolos e salgados, além de bebidas, como a cerveja.
Atualmente, o Brasil enfrenta algumas adversidades na produção do trigo, porém, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) tem realizado pesquisas indicando que em breve o país poderá se tornar autossuficiente na produção desse cereal. Isso porque hoje o brasileiro consome entre 12 a 13 milhões de toneladas de trigo ao ano, todavia, o país produz apenas 8 milhões delas. No entanto, com pesquisas e a tecnologia disponíveis hoje estima-se que em cerca de 10 anos será possível produzir o que se consome no país.
Segundo dados do Comex Stat, em 2022 a participação do trigo nas importações totais do Brasil foi de 0,75%, representando US$ 1,88 bilhões, seguido pela importação de pescado, representando 0,27%, frutas e nozes com 0,23% e milho também com 0,23%. Nota-se portanto que a importação de alimentos não é muito representativa no Brasil, sendo mais expressiva a importação de produtos da indústria de transformação como: adubos, fertilizantes e petróleo.
Os países que mais exportam alimentos no mundo são, respectivamente: Estados Unidos, Brasil e Índia.
Todos possuem em comum grandes áreas produtivas e clima favorável a plantações diversificadas, entretanto, para além do transporte internacional, a produção de alimentos desempenha um papel diferente na economia em cada país, como destacaremos a China.
Os Estados Unidos têm destaque na exportação de soja, milho e trigo, que são commodities. Carne bovina, aves e laticínios também figuram entre os principais produtos em produção e exportação.
Em 2021, somente para a China os EUA aumentaram suas exportações em 25%. É uma indústria bilionária que passa dos US$ 150 bilhões anuais.
O Brasil é o maior exportador mundial de soja, açúcar bruto, carne bovina congelada e aves.
Em 2020 só as exportações de soja alcançaram a cifra de quase US$ 29 bilhões, uma das maiores para uma commodity agrícola de um único país.
É histórico esse foco na agricultura, desde o período pré-colonial.
A Índia é o maior exportador mundial de açúcar refinado e arroz moído
Além disso, é o maior produtor mundial de leite, juta e leguminosas que contemplam feijão, lentilha e grão de bico.
Vale destacar que a China é responsável por cerca de um quarto da produção global de grãos e lidera na produção de cereais, algodão, frutas, vegetais.
Embora tenha somente 10% da terra arável do planeta, grande parte do território montanhoso ou árido, o solo das regiões leste e sul da China são extremamente produtivos.
E, ainda que seja o maior produtor de alimentos, também é um dos maiores importadores, necessitando importar pelo menos 23% dos seus alimentos.
Certamente o transporte internacional de alimentos é desafiador. Afinal, a maior parte dessas mercadorias deve ser transportada rapidamente para que não pereçam. Nesse sentido, procura-se o meio de transporte mais rápido, o que certamente nem sempre será o mais barato.
Entretanto, nem todos os alimentos demandam um transporte agilizado como, para ilustrar, o transporte de cereais e grãos. Em contrapartida, esse tipo de alimento é transportado em grandes quantidades, sendo assim, é necessário um bom alinhamento logístico para conseguir embarcar tudo.
Vamos verificar quais são esses desafios.
Acima de tudo, um ponto muito importante no transporte internacional de alimentos é estar atento à perecibilidade deles. Mercadorias como o arroz, café e outros cereais têm um prazo de validade mais longo, por exemplo.
Nesse caso, a estrutura e a logística necessárias para a programação do embarque costumam ser menos complicadas. Exigem apenas maior coordenação, pois a maioria desses casos é de embarque em grandes volumes.
Já para alimentos perecíveis, ou seja, que tenham um prazo de validade mais curto, é preciso uma organização logística mais complexa. O embarque não pode levar muito tempo, pois corre-se o risco de a mercadoria estragar nesse ínterim, por isso é indicado o modal aéreo para garantir um menor tempo de transporte.
Ademais, os alimentos perecíveis possuem alto risco de contaminação e deterioração e, como resultado, exigem elevado controle de higiene e clima. Para tanto, existem equipamentos de transporte como contêineres e caminhões específicos para esse tipo de mercadoria, com resfriamento e controle de temperatura.
Deve-se ter muito cuidado, não apenas durante o trajeto, mas também na hora de carga e descarga dessas mercadorias. Muitos alimentos são sensíveis e podem estragar ao serem esmagados ou mal armazenados. Por isso, o manuseio dessas mercadorias é um tópico muito pertinente no transporte internacional de alimentos.
Para cada tipo de alimento existe uma categoria de veículo própria para o seu transporte, tais como:
Estar atento à documentação das mercadorias classificadas como alimentícias é imprescindível. Para exemplificar, todo veículo que esteja transportando alimentos deve ser autorizado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Esse órgão é responsável pela inspeção sanitária dos veículos e impõe algumas regras, todas dispostas na Portaria nº 326 da Secretaria de Vigilância Sanitária e na Resolução nº 275 da ANVISA.
Além disso, a ANVISA impõe normas sobre a devida etiquetagem dos alimentos que devem observar as orientações do órgão, sendo exigidos rótulos claros e legíveis.
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