Primeiramente, o processo de importação de uma mercadoria de um país estrangeiro ao Brasil é composto por muitas etapas, sendo uma delas a armazenagem. Em síntese, trata-se exatamente da guarda desse produto em algum local.
Primeiramente, o processo de importação de uma mercadoria de um país estrangeiro ao Brasil é composto por muitas etapas, sendo uma delas a armazenagem. Em síntese, trata-se exatamente da guarda desse produto em algum local.
Essa etapa, além de refletir diretamente no custo do produto, pode ainda impactar no seu prazo de entrega. Por isso é importante entender como ela funciona e estar sempre atento para evitar qualquer imbróglio.
Ao trazer um produto importado para o Brasil ele deverá ficar alocado em algum local físico enquanto aguarda a liberação das autoridades brasileiras ou, ainda, o carregamento por parte do responsável por seu transporte até o seu destino.
Essa armazenagem pode acontecer na zona primária, que é o local demarcado pelas autoridades brasileiras para esse tipo de operação: aqui entram os portos, que são zona de entrada assim como de saída dos navios, e os aeroportos, que recebem os aviões.
Pode também ocorrer na zona secundária, que abrange os demais locais como os portos secos ou Estações Aduaneiras de Interior (EADIs), que são conhecidas e utilizadas por muitos importadores, e os Centros Logísticos Industriais Aduaneiros (CLIAs).
Vale ressaltar que o Artigo 3º do Regulamento Aduaneiro detalha essas definições e seus respectivos tipos.
Pois bem, para manter o item armazenado em algum desses locais há um custo que depende de muitas variáveis, em geral atreladas ao tipo de local de armazenamento e com a forma de negociação feita pelo importador.
Cada terminal de carga (locais de armazenagem na importação) possui suas próprias regras, sua forma de trabalhar, prazos, tabelas de preços e tipo de atendimento. Contudo, há alguns pontos que são considerados comuns entre eles na hora de calcular o custo de armazenagem. Entre eles, temos:
• Tipo de carga: seca, refrigerada, granel etc.;
• Temperatura que o produto deve ser mantido e por quanto tempo;
• Peso, quantidade e dimensões da carga;
• Tempo que a carga vai ficar armazenada no terminal.
Por exemplo, uma carga que tem dimensões excedentes não terá o mesmo valor de armazenagem de uma que coube dentro de um container, tampouco de uma que precisa de refrigeração de controle de temperatura enquanto ficar no terminal, ainda que todas fiquem armazenadas pelo mesmo período dentro de um mesmo terminal.
Muitos fatores interferem no cálculo do custo de armazenagem, então é seguro afirmar que há variação de preço entre os terminais, embora a diferença possa ser baixa.
O tipo de estrutura e a distância do terminal para o ponto de atracação em si são alguns dos fatores que possuem influência.
Apesar de ter uma grande variação nos tipos de cobrança que os terminais praticam, alguns custos são comuns por envolverem diretamente a operação que está sendo realizada.
Entre eles, temos:
Nos casos em que a mercadoria possui algum tipo de controle de temperatura, os terminais cobram um adicional para fazer esse controle durante o período de sua estadia.
Toda carga que chega nos terminais precisa ser movimentada do local em que chegou para o qual ficará armazenada, mesmo que por um curto período. Esse custo é repassado ao importador por meio dessa cobrança.
Dependendo da negociação que for feita, a cobrança de cadastro dos dados pode ser adicionada ao faturamento que será enviado ao exportador.
Essa cobrança ocorre quando o terminal faz o cadastro das informações referente ao que foi importado em sistema próprio (interno). Portanto, quanto mais robusto o sistema for, maior a chance de a cobrança ser feita e do valor não ser tão baixo.
Toda carga ao ser removida para o terminal precisa passar por uma inspeção não invasiva, que não abre as caixas e/ou container, então é feita por meio de scanners para assegurar a integridade do item e da embalagem interna. É um dos meios utilizados para a identificação de avarias.
Cabe ao terminal informar se a tarifa de gerenciamento de risco será aplicada ou não. Recomenda-se verificar esse item durante a negociação, uma vez que é uma taxa que incide sobre o valor Custos, Seguro e Frete (CIF) da carga e que pode chegar a 1%.
Sendo assim, o motivo da cobrança é o risco que o terminal assume por receber uma mercadoria.
O custo discriminado se refere à despesa de guarda da carga propriamente dita, durante o período que ela precisou ficar no terminal. Normalmente não há a incidência de impostos diretos.
Os terminais são livres para cobrar uma tarifa caso a mercadoria precise se submeter a controles ou vistorias que envolvam órgãos anuentes, pois entendem que esses itens possuem um controle diferenciado para todo o processo de manuseio e transporte.
Tais órgãos podem ser, por exemplo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que fiscaliza alimentos; e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), responsável pelos itens relacionados à saúde.
Caso haja alguma divergência entre o que foi declarado nos documentos e o que foi aferido no momento da chegada da carga no terminal, é necessário verificar se as informações estão corretas.
Para tanto, pode ser cobrada uma taxa de repesagem em caso de divergência de peso e/ou a taxa de verificação de lacre nos casos em que há divergência entre o que foi declarado no sistema do terminal e o que foi declarado no CE Mercante/Documento de Embarque.
Entre os impostos que são repassados aos importadores estão:
• Programa de Integração Social (PIS);
• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS);
• Imposto Sobre Serviços (ISS).
O demonstrativo do cálculo deles varia de acordo com cada terminal. Alguns colocam como soma do total e dele tiram o percentual já cheio, outros aplicam diretamente sobre alguns dos custos e trazem no final um valor cheio. Então, é importante é lembrar que eles serão cobrados.
Caso o produto seja parametrizado em canal vermelho e precise ser submetido à inspeção por algum fiscal da Receita Federal, existem alguns custos adicionais como:
• abertura de container e embalagem;
• posicionamento das embalagens para inspeção; e
• fotos para identificação de produto e/ou embalagem.
Essas são apenas algumas das tarifas que compõem a armazenagem na importação. Importante ter em mente que, quanto mais longe dos padrões de embalagem, dimensões e temperatura a carga estiver, mais custos serão acrescentados a essa conta.
É importante estar cercado de bons parceiros, que atuem de forma transparente no dia a dia para que a operação seja lucrativa para todos os lados.
A Geodis, uma das maiores operadoras logísticas do mundo, enfrentava desafios significativos em sua operação de comércio exterior. Com inúmeros embarques simultâneos, a necessidade de uma gestão eficiente e de alta precisão era imperativa para evitar erros, atrasos e custos adicionais. A solução encontrada para esses desafios foi a implementação da plataforma FollowNet, que se tornou fundamental para a operação da empresa.
Antes da implementação do FollowNet, apesar da eficiência da Geodis, lidavam com uma alta demanda de clientes, demandando informações da operação. Isso exigia uma equipe numerosa.
Solução
A implantação do FollowNet foi um divisor de águas para a Geodis. A plataforma não apenas automatizou processos críticos, como a geração de relatórios, mas também permitiu uma visão em tempo real de todas as operações. Com isso, a Geodis conseguiu reduzir significativamente o tempo dedicado a tarefas manuais, liberando sua equipe para se concentrar em atividades estratégicas e na prevenção de problemas.
Os avanços tecnológicos, como a Inteligência Artificial (IA), buscam tornar as operações de comércio exterior mais eficientes e seguras. Neste artigo, exploraremos como a IA está revolucionando o comércio exterior, ajudando empresas a superar desafios e otimizar suas operações.
O que é Inteligência Artificial?
A Inteligência Artificial refere-se à capacidade das máquinas de realizarem tarefas que, normalmente, requerem inteligência humana. Isso inclui o aprendizado, o reconhecimento de padrões, a tomada de decisões e a adaptação a novas informações. No comércio exterior, a IA é utilizada para automatizar processos complexos, melhorar a precisão e aumentar a eficiência.
Todos sabem da complexidade do mundo do comércio internacional e, dentre estas complexidades, estão as barreiras tarifárias e não tarifárias, que representam desafios significativos que podem influenciar a estratégia de mercado das empresas que operam além das fronteiras nacionais. Compreender essas barreiras não é apenas uma necessidade operacional; pode ser uma vantagem estratégica para uma empresa.
Barreiras tarifárias, como impostos e taxas de importação, e barreiras não tarifárias, que incluem normas regulatórias e quotas, têm impactos diretos na forma como as empresas planejam suas operações de importação e exportação. Este artigo explora ambos os tipos de barreiras, fornecendo uma visão clara de como elas funcionam e quais estratégias podem ser empregadas para mitigar seus efeitos adversos.