O container NOR (Non-Operating Reefer), também chamado de Container Refrigerado Desligado, é uma opção que pode ser competitiva na importação marítima.
O container NOR (Non-Operating Reefer), também chamado de Container Refrigerado Desligado, é uma opção que pode ser competitiva na importação marítima.
Contudo, é importante conhecer os cuidados e riscos envolvidos para que as vantagens não se tornem prejuízos.
Os apontamentos aqui vão ajudar aos importadores com pouca experiência no Comércio Exterior a encontrar os esclarecimentos necessários sobre o equipamento, deixando de lado todos os tabus das operações internacionais.
Gostou e quer saber mais? Continue a leitura!
Em suma, trata-se de um container Reefer (este que é desenhado para o transporte de mercadorias que necessitam de controle de temperatura) desligado.
O Brasil é um grande exportador de produtos perecíveis, especialmente para Ásia, Europa e América do Norte. Sobretudo alimentos, desde os grãos, passando por carnes e frutas.
Estes são exemplos de produtos que necessitam de um container Reefer para serem transportados em temperatura no seu nível ideal.
Contudo, o Brasil não exporta tanto em container Reefer quanto importa, por isso temos grandes demandas de importação com container NOR.
Ou seja, na importação o seu sistema de refrigeração e controle de temperatura, que é utilizado para produtos perecíveis como alimentos e medicamentos, voltará ao Brasil completamente desligado.
Lembrando que toda unidade de container utilizada no transporte marítimo faz parte da embarcação, por isso deve sempre ser devolvida ao armador assim que sua utilização for finalizada.
Por ser literalmente uma “geladeira desligada”, não são todos os produtos que podem ser transportados nela.
Para que o isolamento térmico e a integridade do equipamento não sejam comprometidos, alguns tipos de mercadorias não são embarcadas no container NOR, especialmente pelo risco de contaminação que podem causar no caso de derramamento.
Em geral, as cargas proibidas são:
Já as cargas permitidas para o transporte são:
Devido à grande e constante saída de container Reefer na exportação, os armadores precisam recolocar estas unidades no Brasil.
Para isso, em razão das restrições, procuram disponibilizar as unidades desligadas de modo que sejam comercialmente atrativas.
As condições comerciais tendem a variar sobretudo no frete, com valores até 40% mais baratos se comparado com o Dry, a depender da rota marítima.
E já que o frete compõe o Valor Aduaneiro, qualquer redução afetará principalmente nos custos tributários de importação e de armazenagem.
Além disso, caso o importador demande unidades NOR em maior quantidade para transporte de produtos permitidos, maiores serão as suas vantagens comerciais.
Apesar das vantagens de importar utilizando container NOR, também precisamos falar dos cuidados e riscos ao utilizá-lo.
Primeiro, verifique se seu produto pode ser embarcado em container NOR, pois há o risco de ele não ser aprovado pelo Armador.
Isso porque, a depender do produto, ele pode danificar seriamente a estrutura interna do container.
E mesmo que o Armador autorize, note que os valores de reparo podem ser muitas vezes maior que o de um container Dry ou HC.
Vamos, portanto, explorar mais sobre os demais pontos que precisam ser considerados e que servem de alerta para os importadores.
O container NOR tem um espaço útil menor comparado a uma unidade de 40’, sendo ideal para o transporte de cargas que caberiam em uma unidade de 20’.
Mas contratempos podem surgir por conta da origem e do INCOTERM negociado (Termos Internacionais de Comércio), já que utilizar um NOR (ou um NOR 40′ ao invés de 20′) acarretará aumento nos custos de origem.
E o exportador estará inclinado a não aceitar caso a importação esteja enquadrada, por exemplo, em uma das siglas do grupo F dos INCOTERMS.
Neste caso, quando o exportador não aceita pagar a diferença, exige do importador solicitar a troca do container, o que gera custos adicionais e desgaste entre as partes.
Por conta do reposicionamento de unidades do container NOR que o armador necessita executar no Brasil é que esta modalidade de frete é oferecida ao importador por um preço mais acessível.
Em contrapartida, a quantidade dos dias livres é ainda menor, então qualquer alteração no fluxo normal no processo de importação pode acabar custando muito caro.
Já falamos neste texto que o container NOR é uma unidade refrigerada que possui mecanismos e particularidades próprias para a manutenção de cargas perecíveis que necessitam de transporte em temperaturas mais baixas.
Assim, esses aspectos fazem com que a unidade se torne mais cara e gere um custo maior que uma unidade regular na hipótese de demora na devolução do equipamento ou de necessidade de reposição.
As penalidades, tanto para demurrage quanto detention, são muito maiores que de outros containers, como Dry ou HC.
Constatamos nesse texto que a unidade de container NOR é um equipamento com um preço de frete menor, mas que no geral pode envolver maiores custos na origem e destino.
Por isso é necessário que o importador tome esses cuidados e faça uma avaliação prévia para ponderar se a economia será mesmo significativa para o seu embarque.
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