DU-E: como elaborar a Declaração Única de Exportação?

A Declaração Única de Exportação, ou somente DU-E, é o documento que substituiu a antiga Declaração de Despacho de Exportação (DDE) e Registro de Exportação (RE). É emitida de maneira eletrônica pelo portal do Siscomex e contém informações advindas da nota fiscal de exportação. Possui funções fiscal, comercial e financeira em relação à mercadoria que está passando pelo processo de despacho aduaneiro. É necessária para o controle aduaneiro da Receita Federal, portanto, as empresas exportadoras devem se responsabilizar pela emissão dela. Existe apenas um tipo de DU-E, mas dependendo das particularidades do processo alguns itens podem variar de uma exportação para a outra.

DU-E: como elaborar a Declaração Única de Exportação?

DU-E: como elaborar a declaração?

A exportação de mercadorias do Brasil para outros países exige a elaboração de muitos documentos – a DU-E (Declaração Única de Exportação) é um deles.

A implementação da Declaração Única de Exportação que aconteceu em 2017 foi um importante passo na desburocratização do Comércio Exterior brasileiro.

Ainda há um longo caminho a ser percorrido, mas pode-se dizer que tal documento é resultado de esforços para otimizar o processo de despacho aduaneiro.

Certamente a DU-E é indispensável para qualquer empresa que realizará uma exportação e todos os seus dados devem estar de acordo com o restante da documentação e a carga.

Por isso, nesse texto vamos falar sobre o passo a passo para emissão da DU-E no Portal Único Siscomex.

O que é a DU-E?

A Declaração Única de Exportação, ou somente DU-E, é o documento que substituiu a antiga Declaração de Despacho de Exportação (DDE) e Registro de Exportação (RE).

É emitida de maneira eletrônica pelo portal do Siscomex e contém informações advindas da nota fiscal de exportação.

Possui funções fiscal, comercial e financeira em relação à mercadoria que está passando pelo processo de despacho aduaneiro.

É necessária para o controle aduaneiro da Receita Federal, portanto, as empresas exportadoras devem se responsabilizar pela emissão dela.

Existe apenas um tipo de DU-E, mas dependendo das particularidades do processo alguns itens podem variar de uma exportação para a outra.

Relação da DU-E e o Despacho de Exportação

A DU-E se tornou a base do despacho aduaneiro, por isso, podemos dizer que sua utilização otimizou o tempo e serviço de quem a produz, visto que antes eram produzidos dois documentos.

No processo antigo havia a necessidade de registrar as particularidades cambiais, comerciais e fiscais no chamado Registro de Exportação, mas depois era gerada a Declaração de Exportação que continha as questões aduaneiras do processo.

Atualmente a DU-E reúne essas informações em um só documento que pode ser gerado de forma mais  rápida e prática no Siscomex.

Quem emite a DU-E?

A DU-E pode ser emitida pelo próprio exportador ou por um representante legal da empresa, como o despachante aduaneiro.

Portanto, também é necessário que o declarante tenha um Certificado Digital para acessar o portal do Siscomex.

Normalmente, todos os documentos do processo de exportação são conectados uns aos outros, contendo diversas informações em comum.

Por isso, é importante que o profissional responsável pela produção da DU-E conheça do embarque como um todo.

Sendo a DU-E um dos documentos finais da exportação é preciso estar atento para que não haja dados divergentes da Invoice, Certificados e Packing List, por exemplo.

Como elaborar a Declaração Única de Exportação (DU-E)?

Para elaborar a DU-E o responsável deve primeiramente acessar o Portal Único Siscomex.

Nele devem ser selecionadas as seguintes opções: “Importador/ Exportador/ Despachante”. Para dar sequência, deve ser utilizado o certificado digital.

Informações gerais

Logo depois seleciona-se “Exportação”, “DU-E” e ”Elaboração”, o operador será direcionado para a aba de informações gerais, na qual é possível realizar edições.

Já na primeira etapa de produção do documento devem aparecer os dados do exportador, sendo o principal o CNPJ da empresa negociante.

Da mesma forma, deve ficar claro se a exportação está sendo feita  “por conta própria“, “por conta e ordem de terceiros” ou “por operador de remessa postal ou expressa”.

É preciso selecionar se há alguma situação especial no despacho, podendo ser: “DU-E a posteriori”, “Embarque antecipado”, “Exportação sem saída da mercadoria do país” ou “Nenhuma”.

O Embarque antecipado pode acontecer quando não se tem certeza da quantidade exata da mercadoria que será embarcada.

Isso pode se dar principalmente com produtos da agroindústria, da mineração, da siderurgia e outros, principalmente se forem a granel.

A DU-E a posteriori se enquadra nos casos em que o despacho aduaneiro ocorre apenas depois que a mercadoria sai do país. Podem ser os produtos que são utilizados na própria embarcação, como o combustível.

Já a exportação sem saída de mercadoria do país é aquela em que o exportador vende o produto para o exterior, no entanto ela permanece no Brasil por questões comerciais.

Essa situação ocorre quando o comprador revende o produto para outra empresa brasileira.

Também se preenche a Referência Única de Exportação (RUC), moeda de negociação, recinto em que a mercadoria se encontra, onde será embarcada e onde ocorrerá o despacho.

Nota fiscal

Na aba de nota fiscal deve ser explicitado se serão utilizadas notas fiscais e quais os números delas em caso afirmativo.

Em seguida os itens serão preenchidos a partir do arquivo xml da nota de exportação emitida pelo vendedor.

Há algumas maneiras de emitir a nota, uma delas é por meio dos sistemas disponibilizados pela Receita Federal do Brasil.

Detalhamento dos itens

No detalhamento dos itens serão preenchidas informações como a quantidade, peso, CFOP (Código Fiscal de Operações e de Prestações), descrição da mercadoria, NCM (Nomenclatura comum do Mercosul) e outros.

Existe ainda um campo de descrição complementar da DU-E no qual pode-se complementar a descrição que foi feita na nota fiscal, caso esta não seja suficiente para identificar a mercadoria em questão para a exportação.

Além da elaboração, o sistema pode ser utilizado para consulta da DU-E e até a sua exclusão, caso seja necessário.

A própria aba de consultas é utilizada para gerar o pdf do documento, basta digitar o número da DU-E.

Ao seguir tais passos, o seguinte documento será gerado:

Há também a possibilidade de se fazer a DU-E sem a importação da nota fiscal no Portal Único Siscomex. Dessa maneira, todas as informações devem ser preenchidas pelo responsável pela emissão do documento.

Controle a DU-E e demais documentos da exportação com a e.Mix

Agora que você já conhece melhor a DU-E entende o quanto é importante emiti-la de maneira correta em uma exportação.

Não se deixe ser pego de surpresa por erros que atrapalhem o andamento da sua operação.

Os softwares da e.Mix ajudam sua empresa a manter todos os dados da transação estrategicamente organizados.

Com nossas ferramentas buscamos tornar mais simples e mais fáceis os processos de exportação e importação. Por meio da inteligência artificial, realizamos análises de dados, mitigamos erros, otimizamos seu tempo e prevenimos multas.

Oferecemos soluções personalizadas que se adequem à rotina e aos objetivos da sua equipe. Para mais informações entre em contato conosco pelo chat ou WhatsApp.

Veja também
Caso de sucesso: Como a Geodis transformou sua operação com o e.Mix FollowNet
Caso de sucesso: Como a Geodis transformou sua operação com o e.Mix FollowNet

A Geodis, uma das maiores operadoras logísticas do mundo, enfrentava desafios significativos em sua operação de comércio exterior. Com inúmeros  embarques simultâneos, a necessidade de uma gestão eficiente e de alta precisão era imperativa para evitar erros, atrasos e custos adicionais. A solução encontrada para esses desafios foi a implementação da plataforma FollowNet, que se tornou fundamental para a operação da empresa.

Antes da implementação do FollowNet, apesar da eficiência da Geodis, lidavam com uma alta demanda de clientes, demandando informações da operação. Isso exigia uma equipe numerosa. 

 Solução

A implantação do FollowNet foi um divisor de águas para a Geodis. A plataforma não apenas automatizou processos críticos, como a geração de relatórios, mas também permitiu uma visão em tempo real de todas as operações. Com isso, a Geodis conseguiu reduzir significativamente o tempo dedicado a tarefas manuais, liberando sua equipe para se concentrar em atividades estratégicas e na prevenção de problemas.

Leia mais
Como a Inteligência Artificial pode revolucionar sua operação de comércio exterior
Como a Inteligência Artificial pode revolucionar sua operação de comércio exterior

Os avanços tecnológicos, como a Inteligência Artificial (IA), buscam tornar as operações de comércio exterior mais eficientes e seguras. Neste artigo, exploraremos como a IA está revolucionando o comércio exterior, ajudando empresas a superar desafios e otimizar suas operações.

O que é Inteligência Artificial?

A Inteligência Artificial refere-se à capacidade das máquinas de realizarem tarefas que, normalmente, requerem inteligência humana. Isso inclui o aprendizado, o reconhecimento de padrões, a tomada de decisões e a adaptação a novas informações. No comércio exterior, a IA é utilizada para automatizar processos complexos, melhorar a precisão e aumentar a eficiência.

Leia mais
Entendendo as barreiras tarifárias e não tarifárias no comércio exterior
Entendendo as barreiras tarifárias e não tarifárias no comércio exterior

Todos sabem da complexidade do mundo do comércio internacional e, dentre estas complexidades, estão as barreiras tarifárias e não tarifárias, que representam desafios significativos que podem influenciar a estratégia de mercado das empresas que operam além das fronteiras nacionais. Compreender essas barreiras não é apenas uma necessidade operacional; pode ser uma vantagem estratégica para uma empresa.

Barreiras tarifárias, como impostos e taxas de importação, e barreiras não tarifárias, que incluem normas regulatórias e quotas, têm impactos diretos na forma como as empresas planejam suas operações de importação e exportação. Este artigo explora ambos os tipos de barreiras, fornecendo uma visão clara de como elas funcionam e quais estratégias podem ser empregadas para mitigar seus efeitos adversos.

Leia mais